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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Do fundo do baú: Vasco da Gama (RJ) 1 x 3 América (RJ)(1970)

No dia seis de agosto de 1970, numa quinta-feira, Vasco da Gama e América se enfrentaram no Maracanã pelo primeiro turno do campeonato carioca com os rubros saindo vencedores pelo placar de 3 tentos a 1. Nesse ano o C.R. Vasco da Gama foi o campeão carioca depois de uma espera de 12 anos.

O Jogo

VASCO DA GAMA(RJ) 1 X 3 AMÉRICA(RJ)
Data: 06 / 08 / 1970
Campeonato carioca
Local: Estádio do Maracanã
Gols: Silva; Tarciso(2), Jorge Cuíca
VASCO DA GAMA: Andrada, Fidélis, Moacir, Renê, Batista, Alcir, Buglê(Willi), Luis Carlos, Ademir, Silva, Gilson Nunes(Valfrido) / Técnico: Tim
AMÉRICA: Helinho, Paulo César, Tião, Aldeci, Zé Carlos, Badeco, Jorge Cuíca(Mareco), Tarciso, Jeremias, Edu(Tadeu), Sarão

O Craque: Badeco

Ivan Manoel de Oliveira, o Badeco, nasceu a 15 de março de 1945.Ex-volante do Corinthians, América do Rio, Portuguesa, Comercial de Campo Grande e Juventude, nos anos 60 e 70, é delegado da Polícia Federal aposentado, é presidente da Cooperativa Craques de Sempre, Difusor de Esportes da Prefeitura de São Paulo e mora em São Paulo (SP) no bairro da Horto Florestal, zona norte.

O principal momento da carreira profissional de Badeco aconteceu em 1973, quando conquistou o título paulista pela Lusa. Naquele ano, o caneco foi dividido com o Santos, após uma presepada do ex-árbitro Armando Marques, que se confundiu na decisão por pênaltis.
Durante 14 anos como jogador profissional (64 a 78), Badeco se notabilizou por ser um volante clássico de toque refinado. Não conseguiu defender a Seleção Brasileira pois na época haviam outros grandes jogadores na posição, como Clodoaldo, um dos destaques do grupo tricampeão do mundo.

Casado com Odete Ramos de Oliveira e pai de três filhos (Édson Roberto, Marcelo Fabiano e Elvis Ricardo), o ex-volante tem como maior xodó as netas Natália, Gabriela e Luiza, não descarta a possibilidade de iniciar a carreira de treinador, já que, segundo ele, o futebol está em seu sangue.

"Eu comecei a carreira de treinador nos juniores na Portuguesa em 1981. Fui auxiliar-técnico do Mário Travaglini também na Portuguesa. Depois me transferi para o Bragantino. Em 1982 comecei a atuar na Polícia Federal e me afastei do futebol. Em 1998 retornei para dirigir os juniores e aspirantes da Portuguesa. Em seguida trabalhei no Osasco(SP), Maringá (PR) e Grêmio Mauaense (SP).

Passagem rápida pelo Timão
Badeco fez mais sucesso mesmo com as camisas do América do Rio e da Portuguesa, mas chegou a vestir a corintiana. O ex-volante defendeu o Timão em apenas dois jogos e não marcou nenhum gol. Ele jogou pelo alvinegro em amistosos. O primeiro foi na vitória sobre o Bragantino, por 4 a 0, no dia 21 de setembro de 1967. E o segundo, seis dias depois, no empate com o Paulista, por 1 a 1, no dia 27 de setembro de 1967.

Badeco iniciou sua carreira no América, de Joinville, em Santa Catarina. Depois defendeu o Corinthians, o América, do Rio de Janeiro e, em 1973 retornou a São Paulo para jogar na Portuguesa.
Um dos grandes ídolos da Lusa, Badeco teve a carreira abreviada em razão de um "carrinho" dado pelo ex-jogador Paulo Roberto Falcão. "Eu jogava pelo Juventude, de Caxias do Sul, e estávamos enfrentando o Internacional, de Porto Alegre. Num lance enquanto protegia a bola o Falcão me deu um carrinho e rompi o tendão de Aquiles. Apesar da gravidade da contusão, não vi maldade no lance. Eu acredito que o meu tendão já estava com problemas pois alguns dias antes tinha feito duas infiltrações para aliviar as dores."

Badeco tem uma dívida de gratidão com o ex-jogador Marçal e o volante Dino Sani. "O Dino me orientou muito nos treinos, no Corinthians. Ele me posicionou. Dizia que assim não precisaria correr tanto. Falava da importância da preparação física e da maneira como deveria encarar a profissão. O Marçal cobrava o estudo. Na época, às vezes, ficava irritado com essas recomendações. Hoje dou muito valor aos dois".

Além dos clubes que defendeu, Badeco tem um carinho especial pelo Fluminense e pelo São Paulo. "O meu pai era jogador de futebol do América, de Joinville. Eu tinha uns quatro anos e o Fluminense do Rio foi na minha cidade enfrentar o América. Depois da partida o meu pai ofereceu um churrasco para a delegação do Fluminense. O Didi compareceu e me deu a sua camisa . Em 1957 ocorreu a mesma coisa. O São Paulo foi a Joinvile e depois do jogo o pessoal foi em casa e o Zizinho me presenteou com uma camisa", recorda Badeco.

Quem se depara com aquele negro esguio, sempre elegante, 1m86 de altura, barba grande, fala mansa e português correto, nem de longe imagina as dificuldades que teve de superar para chegar até onde se encontra hoje.

Clubes em que atuou:
América, de Joinville-SC, de 1965 a 1967;
Corinthians, 1967 e 1968;
América-RJ, de 1968 1973;
Portuguesa, 1973 a 1978;
Comercial, de Campo Grande-MS e Juventude-RS 1978.

Principais títulos:
Campeão Paulista,
campeão Taça Governador do Estado e campeão da Taça São Paulo, em 1973.
Vice-campeão paulista em 1976.

Fontes: Site do Milton Neves; Gazeta Esportiva

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