Torcedores do Mais Querido do Brasil!
Nesses dias que antecedem a final do Campeonato Carioca, vamos recordar o pentacampeonato brasileiro justamente em cima do Botafogo, nosso novo vice do século XXI. Eles chegaram com a banca da melhor campanha do Campeonato de 1992, precisando apenas de dois empates para garantir o título, porém a tradição e a força do Flamengo em finais falou mais alto com um impiedoso baile do time comandado pelo treinador Carlinhos. Uma vitória por 3 a 0 no primeiro confronto com gols de Júnior, Nélio e Gaúcho mudou totalmente o panorama da decisão. No segundo confronto, um empate em 2 a 2 para assegurar o título.
No dia 12 de julho, o Maracanã lotado com um público acima dos 100.000 torcedores prestigiou um espetáculo de muita rivalidade. O Alvinegro deixou o slogan de “estrela solitária” para compor uma constelação de craques como Ricardo Cruz, Márcio Santos, Válber, Carlos Aberto Dias, Valdeir entre outros. O Flamengo possuia uma equipe compacta e muito aguerrida, contando com a experiência de Júnior e a virilidade de Zinho.
Desde o primeiro minuto de jogo, o Mengão mostrava a disposição de um verdadeiro campeão, com passes que deixavam o time de General Severiano a ver navios. Logo aos 15 minutos, Piá rolou para a entrada da área, Gaúcho deixou passar e o nosso capitão Júnior soltou a bomba no canto direito de Ricardo Cruz. Fla 1 a 0 para delírio dos rubro-negros. Aos 34, Fabinho acreditou, ganhou a disputa no meio-campo e lançou Nélio que invadiu sozinho a área e tocou na saída do goleiro para ampliar. Fechando a conta (se quisesse, cabia mais), Piá foi a linha de fundo e cruzou para o “homem das bolas aéreas”, Gaúcho marcar o terceiro aos 38.
Gols: Júnior 15, Nélio 34, Gaúcho 38 do 1o tempo;
Público: 102.547;
Renda: Cr$ 1.936.000,00;
Juiz: José Roberto Wright.
Flamengo: Gilmar, Fabinho, Júnior Baiano, Wilson Gottardo e Piá; Uidemar, Júnior, Zinho e Nélio (Paulo Nunes); Gaúcho e Júlio César. Técnico: Carlinhos
Botafogo: Ricardo Cruz, Odemílson, Renê, Márcio Santos e Válber; Carlos Alberto Santos, Pingo, Carlos Alberto Dias e Renato Gaúcho; Valdeir e Pichetti. Técnico: Gil.
Torcedores do Glorioso,
No primeiro turno do estadual de 1997, o Botafogo encarou o Flamengo pela última rodada, já classificado o alvinegro foi todo de reserva, do goleiro ao técnico, ao Fla bastava um empate para a classificação, mas o Flamengo, com toda a sua "pompa" perdeu humilhantemente para os reservas do Botafogo, sendo que metade do time era formado por juniores do Glorioso. No final do jogo, os reservas alvinegros foram comemorar com a torcida. E posso dizer, 1 a 0 foi até pouco.
Conquistado o primeiro turno, o Botafogo, do técnico Joel Santana, venceu também o segundo e
enfrentou o Vasco, vencedor do terceiro turno, na decisão estadual. Cada um ganhou um jogo, o Vasco o primeiro e o Botafogo o segundo, ambos por 1 a 0, com a vantagem que ganhou por conquistar dois turnos, o glorioso levantou o caneco daquele ano.
Ficha do Jogo:
Botafogo 1 x 0 Flamengo (26/03/1997)
Local: Maracanã
Campeonato Carioca
Árbitro: Ubiraci Damásio
Gol: Renato (25min / 1ºt)
Cartão Vermelho: Mancuso e Renato
Público: 17.024 pagantes
BOTAFOGO: Alex, Bruno Carvalho (Arcelino), Grotto, Marcelo Augusto, e Alexandre Seixas; Alemão, França, Zé Carlos (Cidiclei) e Renato; Róbson (Cleiton) e Serginho.
FLAMENGO: Fábio Noronha, Fábio Baiano, Júnior Baiano, Fabiano e Athirson (Leonardo); Mancuso, Bruno Quadros, Lúcio (Maurinho) e Iranildo (Marco Aurélio); Romário e Sávio.
Escolhi este clássico dentre tantos, pois ele retrata bem a atual situação. Claro que o Botafogo não vai jogar com o time reserva contra o Flamengo, mas 4 dos 11 jogadores titulares, estarão impossibilitados de disputar a partida. Outro fator que me fez escolher esse jogo como um “clássico D+” foi a vitória dos reservas do fogão contra os titulares do Flamengo, até hoje esse jogo é lembrado como um dos maiores feitos nesse clássico de tradição.
E agora, quem contará a próxima história?
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